segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Ternura, uma qualidade em extinção!


Vivemos num mundo que cada dia é mais agressivo, desaforado, mal educado. Onde as pessoas preferem ser ásperas, distantes e azedas umas com as outras. E o que vemos é que todos estão se acostumando com isso! Esses dias na frente da escola onde trabalho, um aluno estava comentando que um professor os estava bajulando na aula por causa do ENEM! Realmente eles tinham se saído bem e parece que ele não entendeu e ficou insatisfeito por estar sendo elogiado. Uma coisa é bajular, outra bem diferente, é reconhecer as qualidades do outro e elogiá-lo com ternura. Mas o que parece é que nem de ser acarinhada, reconhecida ou elogiada, as pessoas estão gostando de ser! É como se se sentissem agredidas ao receberem um gesto de ternura.
Che Guevara, um revolucionário que lutava para que a justiça social fosse estabelecida, um seguidor do filósofo-economista Karl Marx, em toda a sua trajetória nunca fugiu da luta até o dia em que foi pego em emboscada, sempre dizia do alto de sua bravura e ânsia comunista: "hay que endurecerse pero sin perder la ternura jamás". Ele queira dizer que é preciso endurecer com a injustiça, com a corrupção, com a miséria, porém sem jamais perder a ternura uns com os outros. Por mais que se faça caminhadas contra a violência, se não tratar o outro no dia-a-dia com disposição para sentimentos suaves, dificilmente teremos uma sociedade menos violenta, pois ela está começando dentro de casa. Gestos de carinho, afeição, palavras de incentivo e elogios tornam o lar mais leve. Basta a dureza da vida! Quem está próximo precisa ser olhado com acolhimento e doçura, só assim nos tornaremos melhores, pois haverá vontade para o cultivo da ternura mútua! Um beijo no coração.

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