quarta-feira, 10 de agosto de 2011

E esse amor é azul, como o mar azul...


Uma cor que sempre me fascinou desde criança é o azul. Teve um tempo que até enjoei porque só tinha olhos pra comprar roupas dessa cor, então desencanei e comecei a mudar um pouco. Mas volta e meia me deparo com ele novamente! E o mais interessante é que são as suas várias tonalidades que me chamam a atenção. Mais é bom dar uma olhadinha em como surgiu essa cor que nos trás paz e tranquilidade seja em que tonalidade for. Na Idade Média, o azul era difícil de ser obtido. Os egípcios conheciam um pigmento dessa cor há mais de 5 mil anos. Mas ele era misturado ao pigmento de uma pedra semipreciosa, o lápis-lazúli. Foi a dificuldade para chegar ao tom que fez com que os romanos durante a Antiguidade o associassem aos bárbaros; até ter os olhos claros era sinônimo de barbárie. Ainda na Idade Média, o vermelho era a cor da nobreza, enquanto o azul era dos servos. Os tecidos eram tingidos de azul com o pigmento extraído de uma planta chamada ísatis, ou pastel-de-tintureiro. Para conseguir a tinta, era necessário deixar a planta fermentando em... xixi humano kkkk. Com o tempo, perceberam que o álcool acelerava o processo – por isso, tintureiros ingeriam bebidas alcoólicas com a desculpa de que o xixi já sairia rico em álcool. A expressão em alemão blau werden, literalmente traduzida como “ficar azul”, significa na Alemanha “ficar bêbado”. No século 6, a técnica para a obtenção do pigmento chamado azul-ultramar, feita com o lápis-lazúli, ganhou a Europa – a pedra, no entanto, chegou a custar mais que o ouro. O pigmento azul-da-prússia foi descoberto acidentalmente na Alemanha, numa experiência sobre oxidação do ferro, em 1704. Custava um décimo do preço da tinta feita a partir do lápis-lazúli e fez sucesso entre os pintores da época. De lá para cá, a indústria química evoluiu e possibilitou a obtenção de centenas de pigmentos mais baratos. Isso foi um fator crucial para o surgimento, no século 19, do impressionismo de artistas como Monet, que davam grande valor à cor. Retornando ao nossos tempos, num desses verões passados, essa cor ficou em alta e nesse inverno foi muito visto, sobretudo, nos tons mais escuros e em blusas e vestidos com brilhos discretos. No verão 2011 o azul ainda estará em cena nas sapatilhas, bolsas, chapéus, em espadrile (sapato com salto anabela de corda) ou mesmo scarpins. Que possamos usar e abusar dessa cor maravilhosa que tem uma história tão nobre, não é mesmo?
Um beijo no coração.

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